Trechos do livro

"Para dirigir um carro, uma arma capaz de matar até umas quinze pessoas de uma só vez, temos de fazer aulas, passar por testes, provas de conhecimentos, de saúde e de sanidade mental. Correto, ótimo. Ironicamente, para dirigir uma arma muito mais letal, para governar um país, precisa-se apenas de cara-de-pau e dinheiro no bolso. Alguma coisa está errada."

“Ninguém reúne tempo, erudição, conhecimento e disposição suficientes para pesquisar e analisar detalhadamente o histórico de absolutamente todos os candidatos, lutar por sua sobrevivência, ter algum lazer e vida social, pagar suas contas e ainda educar os filhos. Carregando ainda, no pacote, a obrigação de lembrar de tudo nas eleições seguintes e/ou refazer todo o processo investigativo. Fomos criados inteligentes para, às vezes, usar da inteligência.”

“O problema do Brasil é isso, é aquilo - e sim, é mesmo. Todos já sabem de-cor-e-salteado os defeitos. Falta investimento em infra-estrutura, falta saneamento básico, falta um monte de coisa e ainda somos oprimidos pelo vizinho imperialista – aquele que mora na cobertura e nos cobra pedágio no portão.”

“Não somos lobos, mas não passamos de cães. Uma vez do outro lado da cerca, também atacaríamos o rebanho. O rebanho chama-se República. É o que não nos pertence porque é de todos. É o que, não sendo nosso, desperdiçamos.”

"O Brasil se formou como país antes de se constituir como nação. A nação nunca surgiu, o país nunca vingou."

"Cinqüenta milhões de pessoas passam fome no Brasil. Ninguém pode exigir nada de alguém que passa fome, fora o fato de rezar para que não morra, não mate e não roube."

"Temos muito menos de 20 milhões de eleitores relativamente aptos a votar, em um universo de mais de 120 milhões (todos, segundo o TSE, habilitados e obrigados a exercer sua cidadania)."

"Quanto maior nossa ignorância, melhores são as chances de ignorantes serem eleitos."

"Os políticos são substitutos próximos entre si, na indústria eleitoral inexiste regulação, não há parâmetro de concorrência. O mercado está desajustado. É um tal de todos contra todos e todos juntos ao mesmo tempo em busca das maiores fatias de patrocínios, parcerias, fusões e aquisições. Eles sempre ganham, nós perdemos. Sempre."

"É exatamente como deveriam agir os políticos. Deveriam acordar pela manhã, olhar para seu país e produzir não aquilo que quisessem, mas aquilo que a sociedade desejasse. Não nas quantidades que preferissem, mas nas que o país necessitasse. Não pelo preço (salário) que sonhassem (nem mesmo pelo que já recebem hoje), mas a um preço que refletisse a avaliação da sociedade como justo de acordo com o que ele já tivesse feito."

"A tecnologia mudou, as eleições vêm avançando, mas falta uma revolução, uma inovação radical que nos livre daquele clima de feira nos anos de pleito. Bandeirinhas, broches, confetes e caixas de som no máximo são pré-históricas, até quando agüentaremos? Até quando fingiremos ser normal essa palhaçada? Quando é que sairemos desse circo sem carregar no rosto o nariz de palhaço?"

"Os partidos se ajustarão à nova realidade e trabalharão em um regime mais eficiente e melhor na produção do seu principal produto: os políticos."

"A princípio, não quero um Nobel. O prêmio só chegaria numa época em que meu contentamento seria conseguir desconto no preço do remédio para osteoporose."

Um comentário:

Anônimo disse...

http://www.transparencia.org.br/Source/index.htm#!

 
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